domingo, 5 de dezembro de 2010

É meu também

Mudo minha maneira por mim
Por mais ninguém
Esse mundo que é seu
É meu também
Essa voz que se escuta
Que cala e grita
Ofegante assim
Fala a mensagem que eu não quero
Me opõe entra em desacordo
Comigo
Por que será
Enfim...
E o final disso me agoniza
Me coloca defronte
Aquela pessoa antiga
Que eu era
Não sou mais
E talvez jamais volte
Queria mas ela de mim se esconde
Mudo por mim
Por mais ninguém
E que eu entenda
Que este mundo que é seu
É meu também.

Amada

Só queria ser amada
Sentar na grama
E andar de mãos dadas
Só queria ser amada
Sorrir chorando
Dormir acordada
Só queria sentir o amor
Ainda que fosse apenas por um instante
Fazer versos pensando no calor
Das palavras que fiz soprando em tua fronte
Só queria sentir o amor
Amor que nunca tive e não tenho
Se um dia passou por mim
Pareceu que nunca veio
Só queria ser amada
Envenenada de amor
Se ele é tão maravilhoso como dizem
Porque junto dele nasce a dor?
Só queria ser amada
Amada por ti e mais ninguém
Mas um dia saberás que o que eu digo é a verdade
Mas será um pouco tarde
Chorarás por quem sempre te amou
Mesmo no além.

Aos meus inimigos

Viajantes sem mala qualquer bagagem
De ida sem volta sem preço de passagem
Não os desejo
E não desejando lastimo pela sua partida
Tão cedo
Tão curta
Tão desatinada
Assim como minha vida
Vazia e aluada
Filha do vento
A boca aberta da maldade
O medo e a pura insanidade
Meus inimigos olha o apreço que tenho por vocês
Até escrever tenho como
E talvez porque mereçam minha homenagem
Digo adeus como se diz até logo
Que sejam consumidos pelo fogo
De suas inverdades.

Sentido

Perdi e reconheço meus erros
Falhas passadas meros devaneios
Tinta escura deixa marcas no meu peito
E durmo para não acordar
E acordo com lágrimas pintadas de vermelho
Um rosto estranho se vê no espelho
Não é meu rosto
E sim de alguém que desconheço
Tento me lembrar
Mas não tenho lembranças
Um sonho é acordar
E acordando recobrar-me as forças
Forças que no meio do caminho perdi
A tinta
Eu lembro
Que pintou meus cabelos
E escorreu pelo meu corpo inteiro
Não é tinta!
É sangue
É vermelho
É a tinta esparramada
No meu corpo
E no espelho do meu quarto.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Esperança

Palavra que lembra a cor verde ou o verde que lembra a esperança
Vê-se também no nascer de uma criança.
Aparece quando pensamos em desistir
Através da mão de um amigo que anda por aí.
Surge como uma lembrança de quem somos
De que por mais difícil que a caminhada seja
Que Sejamos.
É nome sagrado de horas pesarosas
Grita para nos acordar e fazer vermos a luz que brilha
Palavra que silaba a silaba unida cintila
E faz um anoitecer uma noite tranqüila.
Se não fosse a esperança o que de mim seria?
Pronta a me guiar por caminhos que não sei
De mãos dadas com o amor vive para ajudar.
Olhos naturais não a percebe em meio a escuridão
Enquanto navegamos neste mar sombrio sem direção.
Mas quando lembramos que ela existe
Tudo muda de configuração
E o que não tinha luz
Hoje tem nome e nos conduz
Esperança...
Esperança ...
Sempre...
No olhar de uma criança
No verde da esperança...

Escrever

Queria que meus versos virassem canções e que tocasse muitos corações
Queria que meus versos fossem remédio da alma
Que as dores físicas e espirituais acalma.
Queria que em cada palavra minha o outro se visse
Que fossem fonte de alegria
E que todos acesso tivesse.
Queria ver crianças decorando minhas poesias
E nas escolas professoras tirando delas lições
Não queria muito apenas que por um dia
Elas saíssem do papel que as prende
E que quebrassem os cadeados das prisões.
Escrevo porque é meu jeito de Deus agradecer
E poeta sou até mesmo sem querer
Sou inspirada, aspirante ou experiente
A vida me fez e faz assim
Que cada poesia em mim persista
E vida longa tenha
Sem rumo, com prumo, sem fim.

Mãe

É teu olhar que espero todo dia
És minha vontade de viver
Que todas as mães Deus não permitissem morrer
Seria minha maior alegria
Tua lágrima eu seco
Perdido só eu me perco
Mas contigo tudo é coração
É teu sorriso que me anima
Teu rosto envelhecido me parece ainda de menina
e por você eu faria uma canção.
Tempo por favor não permita que tudo termine
E que um dia meu sorriso não vingue
Neste dia que és mãe
Que és filha
Que és amiga
Seja teu
Só teu
E meu
Porque um dia serei como tu
E tu como eu
Meu rosto terá marcas
Como tens agora
Mas que eu fique com o melhor de nossas horas
Fique com o teu amor
Por favor tempo
Que eu fique com o amor de minha mãe.